-
ONCOLOGIA
- Fibrossarcoma Felino
- Tumor perianal no cão
- Oncept- Vacina Melanoma Cão
- Linfoma canino e felino
- Linfoma cão e gato- perguntas frequentes
- Osteossarcoma cão
- Pamidronato
- TAC corpo inteiro
- Neoplasias nasais do cão e gato
- Tumores cardíacos do cão
- Mastocitoma no gato
- PARR- PCR for Antigen Receptor Rearrangement
- Neoplasia/tumor Adrenal no Cão
- Hemangiossarcoma no Cão
- Neoplasias Mamárias na Cadela e na Gata
- Vacina do Melanoma Canino
- Mastocitoma Canino
- Citologia
- Linfoma Intestinal Gato
- Lomustina
- CHOP
- Quimioterapia Metronómica
- Masitinib
- Neoplasia da bexiga no Cão
- Mieloma cão e gato
-
URGÊNCIAS
E CUIDADOS INTENSIVOS -
ANESTESIA
-
IMAGIOLOGIA
-
CIRURGIA
-
NEUROLOGIA
-
DERMATOLOGIA
-
Medicina
Interna -
TAC
-
CARDIOLOGIA
-
OFTALMOLOGIA
Linfoma Intestinal Gato
Definição
O linfoma é uma neoplasia maligna com origem nos linfócitos. Estas células fazem parte do sistema imune e distribuem-se por todo o organismo. O linfoma possui diversas classificações, sendo que uma delas se baseia no local de surgimento da neoplasia. Assim, o linfoma pode ser classificado como Multicêntrico (origem nos gânglios linfáticos), Tímico (Timo), hepático (fígado), esplénico (baço), cutâneo (pele) e gastrointestinal (tubo digestivo).
O linfoma intestinal tem vindo a aumentar a sua incidência nos gatos sendo hoje o tipo de linfoma mais comum nesta espécie. Se bem que noutras formas de linfoma parece haver uma associação com o vírus da Leucose Felina, nesta forma concreta tal não parece acontecer. Desconhece-se a causa, mas sabe-se que a predisposição genética é importante, o que explica o facto de ser mais comum em algumas raças como os siameses. Pensa-se que a doença inflamatória crónica possa progredir, em alguns casos, para linfoma.
O linfoma intestinal divide-se ainda em linfoma indolente- crescimento lento- e linfoma linfoblástico de crescimento rápido e comportamento agressivo.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são a perda de peso e apetite e os sinais gastrointestinais: vómitos e diarreia. Esta doença é mais comum em gatos seniores e geriátricos. Ao exame físico o veterinário pode detetar um espessamento das ansas intestinais.
Diagnóstico
O diagnóstico é histológico, o que significa, que o diagnóstico é conseguido através da visualização de células ou tecido neoplásicos. Numa primeira etapa, a observação através de ecografia realizada por um técnico experiente detecta uma ansa intestinal com perda de arquitectura original o que levanta a suspeita. De seguida é realizada citologia da área suspeita. Em alguns casos, especialmente nos linfomas indolentes, a citologia pode não ser conclusiva uma vez que os linfócitos podem apresentar tamanho e forma aparentemente normais. Nestes casos a detecção de linfócitos em órgãos onde não é habitual a sua presença (fígado, baço, ou rim) pode confirmar o diagnóstico. Se tal não for possível, a biópsia é o passo seguinte.
Tratamento
Hoje é consensual que o tratamento é médico. A cirurgia não parece oferecer vantagem na sobrevida e possui, inclusive, alguns riscos, ou mesmo o atraso do início do tratamento médico enquanto se aguarda pela recuperação pós-cirúrgica.
É muito importante a classificação do linfoma como indolente ou linfoblástico, pois isso tem grandes implicações no tipo de tratamento e no prognóstico:
1. Os linfomas indolentes são tratados com corticosteróides e clorambucil por via oral e possuem um prognóstico mais favorável podendo-se atingir sobrevidas superiores a um ano em muitos casos.
2. Os linfomas linfoblásticos necessitam de protocolos de quimioterapia mais agressivos, por via endovenosa, sendo o prognóstico mais reservado. Tal como em outros linfomas, a resposta inicial ao tratamento permite-nos antever os casos que terão melhor prognóstico.
Prognóstico
O prognóstico depende de várias variáveis, tais como a condição corporal, a infecção por vírus FIV/FeLV, a idade e a existência de outras doenças. Claramente o tipo de linfoma é uma das variáveis mais importantes sendo que gatos com linfoma indolente possuem claramente melhor prognóstico.
De referir que nos casos de linfoma linfoblástico e que são submetidos a quimioterapia convencional existe uma variabilidade muito grande: alguns casos entram em remissão e podem atingir sobrevidas superiores a um ano, outros casos, infelizmente, a doença tem uma progressão rápida.